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quarta-feira, 25 de março de 2009

De caridade verbal o inferno tá cheio!

Nunca fui de esquerda. Nunca flertei com o comunismo; nunca tive raiva do capitalismo nem nunca tive pena de bandido. Nunca fui politicamente correta e jamais, repito, jamais, fui solidária aos Sem Terra, às Farc ou qualquer outro grupo pseudo de esquerda. E hoje que isso tudo tá na moda, admitir isso é praticamente contar pro pai que ta dando pro caseiro vc é gay! Se você for homem, claro.

Eu sou meio reacionária com essa playboyzada “de esquerda”, que crítica a polícia, o governo e o escambau, mas não abre mão do baseadinho e das férias em Búzios. É muito fácil falar mal do cara que tem uma fazenda de milhões de hectares quando a fazenda não é sua. Nunca vi ninguém comprar uma fazenda e dar ela aos pobres. Disso podemos deduzir duas coisas: que jamais um comunista ficou rico ou que é muito fácil ser comunista com o dinheiro dos outros.

Sempre fiquei puta indignada com quem critica o Roberto Marinho. Se esses hipócritas que falam mal dele fossem donos das Organizações Globo teriam feito o que? Caridade? Doar a sede pra construir casas populares? Claro que não, teriam feito exatamente o mesmo que ele fez, se não pior. É fácil criticar os EUA, mas se o Brasil fosse a maior potência do mundo, alguém aí acha que seríamos o Dalai Lama dos países? Nunca. Faríamos exatamente a mesma coisa que TODOS os impérios fizeram até hoje. É a famosa cortesia com o chapéu dos outros.

Jovem hoje tem mania de querer ser Madre Teresa: defende bandido, Sem Terra, fala mal de propaganda, da mídia, mas faz o que pra melhorar tudo? Vendem os ipods deles? Abrem mão da mesadinha pra ajudar algum abrigo? Pois é, caridade verbal é muito fácil. Como dizem, é muito fácil ser valente a uma distância segura, ou, adaptando, é muito fácil gritar pela reforma agrária quando o terreno não é seu.

segunda-feira, 9 de março de 2009

8 de Março, Dia da Mulher

Hoje, meu post vai ser bem clichê! Tudo bem q é dia 9, mas preciso e vou dar parabéns às mulheres pelo nosso dia.


Parabéns pelos estereótipos massacrantes dos quais fazemos parte. Pelo cabelo perfeito, as pernas depiladas, a bunda sem celulite, o sucesso no trabalho e o casamento perfeito. Pelos antidepressivos e ansiolíticos que tomamos todos os dias, para suportar a pressão de ser perfeitas. E por ainda rir da amiga que não consegue ser tudo o que somos.

Parabéns por todos os papéis sociais que ainda obedecemos. Por esperar que o homem tome a iniciativa do primeiro beijo. Por bravar pela igualdade entre os sexos e depois chamar a vizinha de vadia moderninha porque deu teve relações sexuais no 1º encontro.

Parabéns às mulheres que perdem a feminilidade para conseguir encarar as críticas. Que saem pegando geral. Que coçam o saco as partes íntimas e cospem no chão. A essas, o machismo não atinge: elas viraram homens.

Parabéns por acreditarmos naquele papinho de homem de que "ser mulher é ruim só porque vocês querem". Por não lembrarmos de quando éramos pequenas e a mamãe nos criava para ser uma bonequinha de porcelana, enquanto nossos irmãos brincavam de conquistar o mundo. Por não notar que crescemos e continuamos de porcelana, cuidando da nossa honra para não cair na boca do povo. E nossos irmãos conquistam o mundo e todos os rabos-de-saia que passarem por eles.

Parabéns por dizer "não" ao que a sociedade nos exige. E, depois, por todos os livros de auto-ajuda que lemos, desesperadas para que alguém nos diga o que devemos fazer. Por não conseguirmos pensar, sozinhas, no que é melhor a cada uma de nós.

Parabéns a nós, que celebramos o Dia da Mulher e esquecemos dos 364 Dias do Homem.

Merecemos parabéns pelo que mesmo?

Sim, estou na tpm!